Reformas trabalhista e sindical e a sobrevivência dos sindicatos: e agora?

O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge/MG) promoveu um debate sobre as reformas trabalhista e sindical, focando especialmente no tema do financiamento dos sindicatos. O evento, que ocorreu no dia 12 de março de 2024, foi uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados pelos sindicatos diante das mudanças legislativas e conjunturais.

Durante o debate, Murilo Valadares, presidente do Senge/MG, expressou preocupações a respeito da falta de propostas concretas atualmente para garantir a sobrevivência das organizações sindicais no Brasil.

Refletindo sobre as reformas trabalhista e sindical, Valadares mencionou a necessidade de se enfrentar a realidade de maneira firme para as soluções sejam viabilizadas no sentido de se garantir a sobrevivência das entidades sindicais. Ele enfatizou quatro pontos-chave: a lucratividade das empresas, financiamento dos sindicatos, resgate da Justiça do Trabalho na resolução de conflitos e a busca por mais acordos sindicais.

Por sua vez, Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) em Minas Gerais, enfatizou a importância da união dos sindicatos para enfrentar os desafios impostos pelas reformas trabalhista e previdenciária. Ele destacou que essas mudanças retiraram o poder dos/as trabalhadores/as e dos sindicatos, exigindo uma reação conjunta e organizada para proteger os direitos trabalhistas conquistados ao longo do tempo. Ressaltou a necessidade de reconstruir a força e visão sindical, que foram ideologicamente desmanteladas ao longo das últimas décadas.

Campanha Sindicato Somos Nós

Calazans também falou do lançamento da campanha “Sindicato Somos Nós: nossa casa, nossa força, nossa voz”, que busca sensibilizar a sociedade para o papel fundamental dos sindicatos na promoção de condições dignas de trabalho e na defesa dos direitos dos trabalhadores. A iniciativa destaca a importância da colaboração entre sindicatos e órgãos governamentais para enfrentar os desafios impostos pelas reformas e garantir um mercado de trabalho justo e equilibrado.

Por fim, o superintendente do MTE apresentou propostas para enfrentar os desafios atuais, incluindo a realização de um evento unificado no 1º de Maio, em Brasília, para mobilizar e unir os sindicatos de todo o país contra essas mudanças danosas aos trabalhadores.

Registram-se no debate do Senge/MG desta terça além de diretores da entidade, representantes do Sindieletro/MG e Associação dos Beneficiários da Cemig Saúde e Forluz, Comissão de Direito Sindical da OAB/MG.

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