Na reunião realizada, no dia 21/2/24, entre as entidades sindicais e a Cemig para debater o Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2024, a empresa apresentou suas diretrizes e propostas para o ano. A Cemig mantém uma continuidade em relação aos anos anteriores, sem diferenças significativas, que consistem em oito indicadores corporativos e três a quatro indicadores específicos, cada um com metas e pesos definidos.
No entanto, algumas preocupações pertinentes foram destacadas em relação ao modelo proposto pela empresa. Foi observado que a proposta apresentada reproduz um modelo autoritário e não ‘’consolidado’’, como a empresa destaca, uma vez que os indicadores específicos só serão disponibilizados às representações sindicais 10 dias após a aprovação do acordo pela categoria. Tal prática dificulta uma análise adequada por parte das entidades sindicais e dos profissionais.
Além disso, impor um prazo de aprovação até 29/2/24 é inviável diante da necessidade de uma análise aprofundada por parte da categoria. É imprescindível garantir um tempo adequado para discussão e avaliação técnica da proposta junto aos trabalhadores. Outro ponto criticado foi a composição dos indicadores, especialmente, no que se refere ao indicador passivo trabalhista, cuja essência não reflete um indicador corporativo, mas, sim resultados específicos de determinadas áreas.
O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais( Senge/MG) reitera a importância de uma negociação transparente, justa e equilibrada, na qual os trabalhadores tenham voz ativa na definição dos critérios e metas para a distribuição do PLR. É fundamental garantir a participação efetiva das entidades sindicais e dos trabalhadores nesse processo, assegurando um acordo que reflita os verdadeiros interesses e necessidades da categoria.