Após uma série de reviravoltas, o governo de Minas Gerais, liderado por Romeu Zema, recuou em sua proposta de privatização da Cemig, Copasa e Codemig, em meio a uma intensa repercussão negativa. O recuo veio após um áudio do secretário de Governo, Gustavo Valadares, admitindo o erro e orientando a base aliada a não prosseguir com os projetos de privatização. A decisão foi tomada horas após o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Silva(União), pautar para apreciação um projeto para retirar o referendo da Constituição, que obriga a consulta popular em casos de venda de estatais como a Cemig e a Copasa, através da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023.
Essa mudança de rumo do governo de Zema coincide com uma série de outras decisões políticas, incluindo a suspensão da tramitação do projeto de adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal(RRF), anunciada no dia 13/2/24 pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais(ALMG), Tadeu Leite. O novo enfoque, proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e apoiado por Tadeu Leite, sugere um encontro de contas com o governo federal em vez do RRF, além da federalização das empresas estatais em vez de sua privatização.
O recuo do governo de Minas Gerais em sua proposta de privatização da Cemig, Copasa e Codemig é uma resposta direta à intensa mobilização e resistência dos sindicatos, incluindo o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge/MG). A atuação dessas organizações, destacando os potenciais impactos negativos da privatização e defendendo a manutenção da obrigatoriedade do referendo popular, demonstra o poder da ação coletiva na defesa dos interesses dos trabalhadores e na garantia da participação democrática nas decisões políticas.
Nesse contexto, o Senge/MG mais uma vez manifesta sua posição contrária à privatização das estatais e à mudança na constituição estadual que retiraria a obrigatoriedade do referendo popular em casos de venda dessas empresas. O Sindicato defende a importância estratégica das estatais para o desenvolvimento do estado e expressa preocupação com possíveis impactos negativos decorrentes de sua privatização, tanto para os trabalhadores quanto para a população em geral.
Fonte: ASCOM Senge com informações do Além de Fato