Às engenheiras e engenheiros da Copasa,
O Senge-MG tomou conhecimento que, na tarde do dia 17 de maio, as engenheiras e engenheiros da Copasa foram convidados para uma reunião com a chefia de gabinete da empresa, para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho 2021/2022.
Antes de qualquer coisa, o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) faz questão de frisar que a Copasa, ao usar do seu poder hierárquico para tratar diretamente com os trabalhadores questões relativas às negociações coletivas, subtraindo a representatividade sindical, restou caracterizado a interferência e prática anti-sindical, conforme determina o art. 5°, XVIII e 8° da Constituição Federal e o art. 98 da Convenção Internacional da OIT, ratificada pelo Brasil.
Naquela reunião, impressionou a espantosa prática do chefe de gabinete que demonstrou não ter pudores para coagir, manipular e ameaçar, não condiz em nada com o “Plano de Integridade” da Copasa que, embora não cite o termo “assédio moral”, tem salvaguardas contra ele.
Assédio moral, para quem não sabe, é conceituado por especialistas, de acordo com cartilha do Tribunal Superior do Trabalho (TST), como toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho. Qualquer semelhança com o “show” do dia 17, não é mera coincidência.
O Senge-MG, em nome dos engenheiros, engenheiras e de todos os trabalhadores da Copasa, repudia veementemente a conduta da gestão da Companhia, incompatível com a Constituição da República, com a dignidade da pessoa humana e com o valor social do trabalho. Por isso, devem ser combatidas.
Razão pela qual não poderíamos nos omitir diante da tentativa de uso do poder para coagir e induzir os profissionais para aprovarem a proposta de ACT 2021-2022 apresentada pela Copasa. Da mesma forma, não poderíamos nos omitir diante da desvalorização dos seus trabalhadores que estão desde 2019 sem acordo Coletivo de Trabalho e sem o pagamento da PLR, acumulando perdas salariais de no mínimo 10,66%,
Assim, esperamos que a direção da Copasa se retrate, não repita o ocorrido e respeite a representatividade do Senge-MG e dos demais sindicatos. Um corpo funcional qualificado como o da Copasa merece respeito!
Belo Horizonte, 14 de junho de 2021
Muito bem posto! É o Senge com postura firme diante das injustiças!!!
As evidências, provas e testemunho de assédio, interesse contrário ao público de fim destinado bem como suspeita de conflito de interesse não são suficientes para abrir processo criminal pessoal/individual contra estes gestores?. Ação de danos morais.. temos que usar as armas e o que temos para lutar enquanto estamos vivos e Unidos. Pois estão ameaçando nossa destruição. É só solicitar dos trabalhadores informações e provas substanciais para compor um processo criminal constatado. Tá difícil ver a destruição desgaste e ruína da empresa projetada programada premeditada e não poder deixar alguma participação de luta e resistência contra estes escravocrstas que se acham intocáveis. Alem disso precisamos deixar um pouco a preocupação política (partidária) e atentar para a questão única de foco da necessidade da categoria dos trabalhadores.
Bom dia!