O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais completou 77 anos este ano. E uma de suas marcas, particularmente a partir de 1981, é não se furtar a manifestar diante de momentos agudos da história. Foi assim na defesa de salários e condições justas de trabalho para gerações de engenheiras e engenheiros, bem como de eleições diretas em todos os âmbitos e a intransigente defesa da engenharia nacional.
O Senge-MG, por intermédio de sua diretoria colegiada, mais uma vez se posicionará face à possibilidade de Belo Horizonte, capital de todos os mineiros, vir a ser governada por quem nega a ciência, desrespeita a diversidade e a pluralidade de pensamentos e vivências.
A engenharia, com suas centenas de áreas, como ciência vital para o bem comum, está em todos os lugares de uma cidade. E nada mais ameaçador que os serviços públicos essenciais, como os que têm na engenharia, por exemplo, seu principal fio condutor, recebam diretrizes de quem não tem experiência em executivo, seja ele que nível for.
Belo Horizonte sempre foi uma cidade aberta, livre e inclusiva. Todos seus prefeitos, sobretudo os eleitos pelo voto popular, independentemente de suas ideologias, jamais deixaram de respeitar a ciência e o bem comum.
Ainda que a diretoria colegiada do Senge-MG respeite a opinião dos profissionais que pensam diferente, é nosso compromisso dizer NÃO a quem não dá qualquer garantia de que a cidade será bem cuidada e a harmonia e a solidariedade permanecerão intocáveis.
Belo Horizonte precisa seguir em frente. A democracia nos dá essa possibilidade. Não podemos correr riscos desnecessários.