Repercussão sobre a recente onda global de reestatização

A reestatização de empresas, especialmente nos setores de energia e saneamento básico, tem ganhado força em diversos países desenvolvidos, demonstrando a importância de manter serviços essenciais sob o controle do Estado. Na Alemanha, 284 empresas de energia e 17 concessões de água foram reestatizadas, além de serviços de educação, coleta de lixo e transporte.

Nos Estados Unidos, 61 empresas de água e seis de energia retornaram à gestão pública, enquanto no Reino Unido, 57 empresas de diversos setores passaram por processos similares. Globalmente, de acordo com o Transnational Institute, 267 empresas de distribuição de água e saneamento básico e 311 de energia foram reestatizadas nos últimos anos.

Esses números refletem uma tendência crescente de valorização das estatais, mostrando que elas podem ser eficientes e oferecer serviços de qualidade à população quando geridas de maneira adequada. Para isso, é fundamental adotar práticas de governança que incluam a escolha de gestores competentes, transparência nas operações e a ausência de influências políticas que possam comprometer a administração das empresas.

A experiência internacional demonstra que, ao contrário do que muitos acreditam, a privatização não é a solução para garantir a eficiência dos serviços públicos. Evitar a politização das estatais, combater a corrupção e assegurar uma gestão responsável são medidas essenciais para que essas empresas possam continuar a desempenhar seu papel estratégico sem a necessidade de transferir sua propriedade para a iniciativa privada.

Nesse contexto, o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) ressalta a importância da reestatização e reitera sua posição contrária à privatização das estatais, especialmente em relação à alteração da constituição estadual que retiraria a obrigatoriedade do referendo popular em casos de venda dessas empresas.

O Senge-MG defende que as estatais têm um papel estratégico no desenvolvimento do estado e alerta para os possíveis impactos negativos que a privatização pode trazer tanto para os trabalhadores quanto para a população em geral.

*Fonte: ASCOM Senge com informações do O Tempo

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