Na mais recente edição do programa “Senge 20 Minutos,” apresentado pelo diretor José Francisco (Seniuk), o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) traz uma discussão essencial para o futuro do Brasil, com a participação do engenheiro civil e diretor do Senge-MG, Marco Túlio de Melo. Formado pela Escola de Engenharia da UFMG e com vasta experiência tanto no setor público quanto privado, Marco Túlio destaca a importância de abrir espaços para o debate entre profissionais e a sociedade, visando a recuperação e projeção do desenvolvimento em Minas Gerais, no Brasil e no mundo.
Marco Túlio enfatiza que as profissões de engenharia, geologia e agronomia são fundamentais para qualquer país ou região. Ele destaca que essas áreas criam as condições necessárias para o crescimento econômico e social, exemplificando com a produção de alimentos, que depende diretamente da agronomia, e a infraestrutura do país, que está nas mãos da engenharia civil. Além disso, a geologia desempenha um papel fundamental no planejamento e prevenção de desastres, como os recentes acontecimentos no Rio Grande do Sul.
O engenheiro também aborda o impacto negativo da Operação Lava Jato sobre as grandes empresas de construção civil do Brasil, argumentando que a operação destruiu corporações importantes, comprometendo a capacidade do país de competir internacionalmente. Ele critica o fato de que, ao contrário de outros países, onde apenas as pessoas físicas são punidas, no Brasil, as empresas foram desmanteladas, favorecendo interesses estrangeiros.
Em relação à soberania nacional, Marco Túlio alertou sobre os riscos das privatizações de empresas estratégicas como a Cemig e a Copasa, essenciais para a infraestrutura do Brasil. Ele ressalta que essas empresas foram cruciais para a construção do país e que sua privatização poderia comprometer o reinvestimento em setores críticos. Ele concluiu com um apelo à necessidade de reconstruir o Brasil, valorizando os profissionais da engenharia e garantindo que desempenhem um papel central no planejamento e execução de projetos de desenvolvimento, para evitar que as novas gerações percam o interesse por essas áreas tão importantes para o futuro do país.