O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge/MG) expressa sua solidariedade aos trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que têm enfrentado práticas antissindicais por parte do governo de Romeu Zema e da gestão da empresa, conforme noticiado pelo jornal Brasil de Fato em 09/1/2024.
É lamentável observar as medidas impostas aos 13 dirigentes sindicais, incluindo o coordenador-geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais(Sindieletro/MG), Emerson Andrada, e Jairo Nogueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT Minas). A exigência para que retornem aos seus postos de trabalho é vista como uma retaliação clara às mobilizações dos trabalhadores em busca de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) justo.
Para o Senge/MG, a postura adotada pelo governo e pela gestão da Cemig, que inclui a suspensão de liberações, corte do vale alimentação e a interrupção do repasse das mensalidades às entidades sindicais são uma série de práticas antissindicais que visam prejudicar a resistência dos trabalhadores diante dos desmontes promovidos na Cemig.
Em especial, o Sindicato expressa solidariedade a Emerson Andrada e Jairo Nogueira, cujo engajamento na defesa dos direitos dos trabalhadores e a luta de ambos pela não privatização da Cemig têm sido exemplares. Jairo ressalta que as práticas antissindicais e ataques à categoria vêm desde o início do governo Zema, quando houve a substituição da direção da Cemig por pessoas de outros estados, agressivas com a categoria na negação de seus direitos e no convívio com os trabalhadores.
Segundo Jairo, a intenção é desmoralizar os trabalhadores para que saiam da empresa, facilitando a privatização. ‘’Uma forma dele(Zema) conseguir implementar essa política que visa a privatização da Cemig e o ataque à moral dos trabalhadores(as) para que se sintam mal e saiam da empresa. Uma estratégia para esvaziar a Cemig e, assim, privatizá-la a toque de caixa.”
O presidente da CUT Minas também denuncia medidas como a suspensão do acesso dos dirigentes sindicais às instalações da empresa e a não consideração das liberações, prejudicando a representação sindical e afirma que o Sindieletro está buscando medidas legais para reverter essas ações. ‘’Estamos fazendo a denúncia, estamos reagindo a tudo isso, o sindicato vai tentar uma liminar na justiça, já tem companheiros políticos tentando garantir a liberação dos dirigentes e do cumprimento do ACT enquanto estivermos em dissídio coletivo.”
O Senge/MG conclama à sociedade, entidades sindicais e às autoridades competentes a repudiarem essas práticas, garantindo o respeito aos direitos dos trabalhadores e a preservação das empresas estatais consideradas estratégicas para o desenvolvimento do Estado.
O Sindicato está ao lado dos(as) trabalhadores(as) da Cemig, muitos deles(as) engenheiros(as) e reafirma seu compromisso com a luta por condições dignas de trabalho e respeito aos direitos laborais.