Durante Debate sobre Mobilidade e Transporte Urbano promovido pelo Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais, em 156/23, muito se falou sobre a crise de mobilidade urbana em Belo Horizonte e os participantes/palestrantes trouxeram diferentes perspectivas sobre o assunto.
O Superintendente de Mobilidade Urbana da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, André Dantas, destacou que “estamos enfrentando uma crise na mobilidade diretamente ligada a um modelo de desenvolvimento econômico adotado no passado”. Segundo ele, é preciso repensar essa escolha para encontrar soluções mais eficientes.
A arquiteta Luiza Maciel, especialista e técnica em transportes e trânsito, ressaltou que a mobilidade não é um fim em si mesma, mas sim uma atividade necessária para acessar bens, serviços e educação. Ela enfatizou a importância de considerar as necessidades de deslocamento e o acesso aos recursos antes de pensar em como realizar essas atividades.
O engenheiro civil Ricardo Mendanha Ladeira concordou com Luiza e defendeu a ideia de priorizar a análise das necessidades de deslocamento e acesso aos bens antes de definir os meios para realizá-los. Enfatizou a importância de pensar de forma estratégica e eficiente esse processo.
Chiquinho Maciel, presidente da Associação de Usuários de Transporte Coletivo da Grande BH, alertou para os problemas que surgem quando há superlotação, descumprimento de horários e maus-tratos aos usuários. Disse que nenhum sistema de mobilidade urbana pode ser considerado bem-sucedido e satisfatório se apresentar essas características negativas.
Essas diferentes perspectivas e problemas envolvem a complexidade da crise de mobilidade urbana e a necessidade de considerar múltiplos aspectos para buscar soluções eficazes e satisfatórias.
O debate promovido na sede do SENGE/MG faz parte de um programa da entidade que visa colocar no centro das discussões demandas importantes da sociedade, cujo teor envolve o pensar e o fazer da engenharia um instrumento a serviço da vida concreta das pessoas.