Fórmula 1 não existe sem engenharia. E, historicamente, a engenharia brasileira sempre esteve muito bem representada nesse mundo altamente tecnológico. Tanto é que há brasileiros nas duas equipes de ponta da categoria nos dias atuais: Mercedes e Red Bull.
Um deles, o engenheiro Leonardo Donizete da Silva, de 30 anos, mineiro de Patos de Minas, formado pela Unicamp, foi um dos homenageados pelo piloto Lewis Hamilton e a equipe Mercedes na comemoração pela vitória da equipe em Interlagos, no último domingo, 13/11, no Grande Prêmio Brasil 2021, subindo ao pódio e sendo visto pelo mundo inteiro.
Uma justa honraria aos engenheiros de corrida, uma das funções mais importantes em uma equipe de Fórmula 1, assumindo o controle de um carro e falando diretamente com o piloto para garantir que ele tenha o que deseja.
Como Lewis Hamilton e a equipe Mercedes, o Senge-MG faz questão de homenagear o engenheiro Leonardo e, em nome dele, relembrar que, no final dos anos 1970 e início dos 1980, a engenharia nacional chegou a colocar nas pistas de Fórmula 1, uma equipe própria: Copersucar.
Mais, na época em que a Fórmula 1 passou do modo analógico ao digital, nos anos 80, o Brasil teve uma empresa 100% nacional como uma das pioneiras no uso da telemetria no mundo da Fórmula 1, ou seja, a capacidade de monitorar dados em tempo real de maneira remota. No mundo do automobilismo, é a tradução de tudo o que o piloto faz e das reações do carro. Tudo em forma de dados.
Se o piloto inglês dedicou a vitória ao piloto brasileiro Ayrton Senna e ao povo brasileiro, congratular o engenheiro brasileiro da equipe serviu de alento para toda a engenharia brasileira que, no momento, embora sofra com a ausência de investimentos capazes de empregar e valorizar seu enorme contingente profissional, continua como referência mundial em várias áreas de atuação.