O ano começou com a espera da categoria eletricitária pelo fechamento do Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados de 2021. Em meio às negociações em dezembro, a Cemig pausou os trabalhos por conta do ataque cibernético sofrido pela empresa no dia 25/12. Em nota, a direção afirmou que as atividades indiretas seriam “restabelecidas de forma gradativa, tendo em vista que o processo negocial também foi impactado e a elaboração de uma nova proposta foi momentaneamente interrompida”.
A Cemig alega que não pode negociar durante o período de apuração, mas cai em contradição ao prorrogar a negociação para esta data. De qualquer forma, a nova data de prorrogação da PLR já vence nesta sexta-feira (15), e ainda não houve nova proposta da empresa ou contato para uma nova reunião. Solicitamos, portanto, que a Cemig dê prosseguimento às negociações para fecharmos um bom acordo de PLR para a categoria.
Lembramos que o último ano, atípico em diversos pontos, foi desafiador para os eletricitários, que compõem o quadro de profissionais de serviços essenciais à população. Esperamos um acordo de PLR à altura da dedicação dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig, e por isso, buscamos a continuidade das negociações!
Em que pé estamos?
A última reunião de negociação da PLR 2021 foi no dia 23 de dezembro, e contou com a participação do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi. Desde então, estamos cobrando respostas, aguardando a apresentação de uma proposta que leve em conta todo o debate feito em mesa. Bruno Vianna, gerente de Relações Trabalhistas e Internas (DPR/RT) da Cemig, disse que todas as manifestações dos sindicatos estão sendo tratadas com a alta gestão da empresa.
O tom da reunião com Passanezi, no entanto, não foi animador. Ao questionarmos o fato de alguns indicadores poderem ser acompanhados apenas pela gestão da Cemig, mas não pelos trabalhadores e seus representantes, o presidente afirmou que não há motivos para desconfiarmos dos indicadores propostos. Além disso, Passanezi reiterou que gestores, gerentes e superintendentes terão metas e indicadores diferenciados, repisando que “PLR linear a empresa não vai aceitar de jeito nenhum”.