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CEMIG mantém retirada de patrocínio do PSI e não devolverá parcela já descontada do reajuste abusivo de 60%

Seguindo o cronograma de negociações sobre a CEMIG Saúde, uma nova reunião entre as entidades representativas e a CEMIG, e com a presença dos deputados Betão (PT) e Gustavo Valadares (PMN), foi realizada no início da tarde desta terça-feira (1º). Questionados sobre a quebra do compromisso de responder sobre as cobranças relativas ao aumento abusivo de 60,5% e do fim do patrocínio nesta reunião, e mesmo diante do relato que o SINDIELETRO cumpriu a palavra e suspendeu a greve agendada para hoje, a CEMIG se limitou a responder que estava seguindo orientação dos seus advogados.

A CEMIG afirmou que decidiu realizar o pagamento da parcela de patrocínio, referente ao mês de março, apenas para os beneficiários protegidos por liminares judiciais e manter os boletos cobrando R$1.051,73 relativos à retirada do patrocínio ao plano de saúde para os demais.

Sobre o reajuste abusivo de 60,5% nas mensalidades a CEMIG alegou que o assunto está judicializado em função da liminar obtida pelas entidades representativas suspendendo o reajuste.

Em meio ao caos, um tímido avanço: a gestão disponibilizou durante a reunião, parte dos dados solicitados e acordados na reunião anterior. Ficou acertado que os representantes dos beneficiários aprofundarão os estudos e elaborarão diretrizes de uma nova proposta a ser discutida em próxima reunião de 8/4. A representação da CEMIG se comprometeu a orientar a CEMIG Saúde a dar suporte técnico para essa construção.

A representação dos trabalhadores também solicitou que a CEMIG Saúde não exclua nenhum beneficiário inadimplente durante o período de negociação, que se estende por 45 dias a partir de 24 de março. A gestão afirmou que buscará esse diálogo com a direção da operadora e dará resposta ainda nesta semana.
Durante os debates os representantes da CEMIG disseram que as cobranças poderão ser suspensas, caso se chegue a um acordo, inclusive podendo restituir os valores. Está bastante claro que a CEMIG está criando o caos para que os trabalhadores aceitem uma proposta rebaixada de acordo.

O SINDIELETRO, ABCF, SENGE-MG e AEA reafirmam seu compromisso com a defesa intransigente da saúde dos trabalhadores ativos e aposentados. A retirada de patrocínio e o reajuste abusivo das mensalidades, mesmo com o processo de negociação em curso, representam ataques graves aos direitos históricos da categoria e a quebra da boa-fé que deve pautar todo processo negocial.

Continuaremos a buscar manter os diretos e conquistas dos eletricitários na justiça e na mesa de negociação, mas principalmente temos que crescer na nossa mobilização, somente isto irá abrir as portas para uma solução que atenda aos nossos interesses.