Em assembleia bastante representativa, realizada no começo da tarde desta terça-feira, 29/7, engenheiras e engenheiros do setor de consultoria em Minas Gerais aprovaram, por ampla maioria, o reajuste de 5,32% (INPC) para os celetistas, sem faixa de corte e aplicável ainda a todos os pisos salariais. O reajuste é retroativo a 1º de maio de 2025.
O novo piso salarial da categoria ficou definido em R$10.860,60. O desconto de 20% sobre o vale refeição de R$42,00 foi mantido, não obstante a tentativa do Senge-MG, representando o desejo da categoria, de mantê-lo em no máximo 5%.
Conforme pactuado na assembleia, no ofício já encaminhado para o sindicato patronal com a decisão da assembleia, o Senge-MG “reitera a importância de constar da Convenção Coletiva de Trabalho a tabela de pisos para quem tem um, dois e três anos de empresa, de forma a dar mais segurança e transparência aos profissionais e às próprias empresas que seguirão a respectiva CCT.”
Outro ponto destacado no ofício é que seja avaliada a possibilidade de o profissional optar entre a alimentação fornecida em refeitório próprio da empresa e o recebimento do vale refeição/alimentação no valor de R$42,00, “visto que vários profissionais relatam que a qualidade e quantidade fornecidas por algumas empresas não são compatíveis com o benefício.”
Vale lembrar que o reajuste de 5,32% segue o mesmo praticado para engenheiras e engenheiros do setor no Rio de Janeiro e São Paulo que, junto com Minas Gerais, são a maioria esmagadora dos profissionais do setor com carteira assinada no país.
O Senge-MG entende que, se a atual campanha de data-base chegou ao final, isso não impede que a categoria se mantenha mobilizada no sentido de ampliar suas conquistas. A força da participação demonstrada este ano é um sinal de que, com união, é possível mais.
Investimentos no setor
Se as empresas em consultoria são parcimoniosas em atender as justas reinvindicações dos seus empregados, o mesmo elas não podem reclamar do crescimento dos investimentos em infraestrutura no país, tanto público como privado.
Se em 2022 eles correspondiam a 1,86% do PIB, em 2024, fecharam em 2,27%. Até o fim de 2025, segundo estimativas, o setor de infraestrutura deve receber cerca de R$ 277 bilhões em investimentos, sobretudo nas áreas de energia, transporte e saneamento. Em 2024 foram investidos R$ 266,8 bilhões em infra no país.