Gestão Zema indica diretores da Cemig para ocupar cargos na Forluz
A independência da Forluz está ameaçada. A gestão Zema na Cemig resolveu jogar todo o seu peso político no fundo previdenciário dos trabalhadores ativos e aposentados da empresa.
Recentemente, Leonardo George de Magalhães foi indicado para assumir a Presidência da Forluz. Leonardo George trabalha na Cemig há mais de 30 anos, mas estava há cinco anos como diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig.
Agora foram indicados nomes que estão há pouco tempo na empresa para compor o Conselho Deliberativo da Forluz. Ou seja: não são funcionários de carreira e estão subordinados diretamente à atual Diretoria Executiva da Cemig.
Qual é o principal problema disso?
O problema é que eles devem sua entrada na Cemig à gestão Zema e, portanto, serão totalmente subordinados ao projeto do governador e de seu grupo político. Além disso, alguns deles foram citados durante a CPI da Cemig na ALMG. Seu indiciamento, solicitado ao Ministério Público em 2021, foi arquivado pelo órgão no entanto.
Indicados pela Gestão Zema
Os três indicados pela Cemig para o Conselho Deliberativo da Forluz, todos “ad nutum”, são: Hudson Félix de Almeida, diretor de Gestão de Pessoas e Serviços Corporativos; Virgínia Kirchmeyer Vieira, superintendente Jurídica de Governança Corporativa, e Luís Cláudio Correa Vilani, diretor de Logística e TI.
Blindagem da Forluz: como fica?
As entidades representativas dos participantes defendem e sempre defenderam que os planos de previdência dos participantes devem ser blindados de influências políticas e de mercado.
Agora, vemos a indicação de pessoas com pouco tempo de Cemig, pessoas que não são de carreira e, portanto, não têm qualquer história com a Cemig, mas têm com o mercado e são subordinadas ao grupo político do governador. Além disso, essas indicações estão substituindo conselheiros que sequer cumpriram seus mandatos, e a rotatividade excessiva dos conselheiros indicados é prejudicial à governança, representando perda de conhecimento acumulado e de dinheiro investido pela Forluz em formação.
Estão chegando com a missão de atacar nossos direitos nos planos de previdência? Querem acabar com independência da Forluz? Os indicados que permanecem na diretoria da Cemig e agora também na Forluz poderão, se for necessário, tomar decisões contra a patrocinadora para proteger a Forluz e os participantes?