Maria Cristina de Oliveira Brito, a primeira mulher a presidir o Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), referência da engenharia mineira e do movimento sindical brasileiro, foi homenageada recentemente pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge).
A homenagem ocorreu durante o Seminário Nacional de Mulheres na Engenharia, promovido pela Fisenge, com o Troféu Engenheira Eugênia, um reconhecimento à sua trajetória de luta e dedicação.
O evento destacou a importância de sua liderança e discutiu temas como as desigualdades de gênero no mercado de trabalho e o papel dos sindicatos na defesa das engenheiras. Sua ausência justificada por motivos de saúde não diminuiu o impacto de sua presença simbólica, que segue inspirando a categoria a lutar por uma profissão justa e igualitária.
Maria Helena Barbosa, 1ª secretária do Senge-MG, recebeu o troféu em nome de Maria Cristina e enfatizou a importância de seu legado: “Essa homenagem é um tributo à sua trajetória, e até que o troféu chegue às mãos dela, ele ficará em um lugar de destaque no Senge-MG”. O reconhecimento de sua contribuição para a engenharia e o movimento sindical reforça a importância de continuar a luta pela equidade de gênero e pelos direitos dos profissionais da engenharia.
Sobre Maria Cristina de Sá
Durante sua gestão no Senge-MG, entre 1990 e 1995, em um período de grande instabilidade econômica e política, Maria Cristina liderou a categoria em um cenário de recessão e privatizações que ameaçavam o patrimônio público e os direitos dos trabalhadores. Sua liderança foi essencial na luta contra o desmonte de empresas estatais e na defesa do papel estratégico da engenharia no desenvolvimento do país.
Maria Cristina foi também uma das fundadoras da Fisenge, consolidando um espaço de resistência contra a perda de direitos trabalhistas e o avanço do neoliberalismo nos anos 1990. Sob sua liderança, a Fisenge se tornou uma importante ferramenta de mobilização da categoria, defendendo a soberania nacional e a valorização do trabalho dos engenheiros. Sua atuação ajudou a construir uma visão sindical que fosse além das questões corporativas, sempre alinhada à defesa do interesse público e do patrimônio brasileiro.
*Fonte: ASCOM Senge-MG com informações da Fisenge