O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado positivo se destaca em um cenário econômico onde o desemprego atingiu o menor nível da série histórica, caindo para 6,8%. Apesar do avanço econômico, pesquisas indicam que a percepção da população em relação à economia segue majoritariamente negativa, com 47% dos brasileiros avaliando a situação atual como ruim.
Analistas apontam que a insatisfação da população pode estar ligada a fatores como a persistência da inflação alta nos últimos anos, que reduziu o poder de compra das famílias. Além disso, o crescimento dos empregos informais, que representam cerca de 40% dos postos de trabalho no país, tem gerado frustração, já que muitos desses empregos não oferecem estabilidade ou benefícios adequados. A polarização política e o impacto das redes sociais na disseminação de informações também têm contribuído para essa desconexão entre os dados econômicos e a percepção pública.
O desempenho surpreendente do setor de serviços e o aumento dos investimentos em ativos fixos foram destaques no segundo trimestre, impulsionados pelo mercado de trabalho aquecido e pela recuperação do crédito. No entanto, especialistas alertam que a economia deve perder fôlego na segunda metade do ano, com o Banco Central possivelmente aumentando a taxa básica de juros para controlar a inflação, o que poderá impactar o crescimento do PIB em 2025.